planos de disciplinas optativas
Carga horária: 30 horas
Professora: Graziele Ramos Schweig

Ementa: Fundamentos da produção de conhecimento na Antropologia com foco no método etnográfico. Sensibilidades etnográficas e suas potencialidades na pesquisa e na prática profissional. Observação participante, diário de campo e as diferentes formas de narrar na Antropologia. A importância do trabalho de campo e da leitura de textos etnográficos na aprendizagem do método.

Objetivos: Compreender os fundamentos da produção de conhecimento na Antropologia; Analisar produções etnográficas e experimentar a observação participante; Desenvolver sensibilidades etnográficas relacionadas aos temas e aos campos específicos de prática e de pesquisa dos estudantes.

Conteúdo programático

I – Origens e fundamentos da Antropologia e da Etnografia
II – Etnografia e Educação
III – Leituras etnográficas 1: Crime e movimento
IV – Leituras etnográficas 2: Religião e política
V – Leituras etnográficas 3: Estado e burocracia
VI – Antropologias multimodais e multissensoriais

Referências básicas

BEVILAQUA, Ciméa Barbato. Burocracia, criatividade e discernimento: lições de uma cafeteira desaparecida. Revista de Antropologia, v. 63, n. 3., 2020. p. 1-21.

BIONDI, Karina. Como descrever uma “onda”? Uma abordagem metodológica para a etnografia de um movimento. Anuário Antropológico, v. 43, n. 2, 2018.

FONSECA, Cláudia. Preparando-se para a vida: reflexões sobre escola e adolescência em grupos populares. Em aberto, ano 14, n. 61, jan-mar/1994, p. 144-155.

FONSECA, Claudia. Quando cada caso NÃO é um caso: pesquisa etnográfica e educação. Revista Brasileira de Educação, Jav./fev./Abr. 1999.

GOLDMAN, Márcio. Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política em Ilhéus, Bahia. Revista de Antropologia (USP), São Paulo, v. 46, n.2, 2003.

PEREIRA, Luena Nascimento Nunes. Alteridade e raça entre África e Brasil: branquidade e descentramentos nas ciências sociais brasileiras. Revista de Antropologia (USP), São Paulo, v. 63, n. 2, 2020. p. 1-13.

URIARTE, Urpi Montoya, O que é fazer etnografia para os antropólogos. Ponto Urbe. São Paulo, v.11, 2012. p.1-14.


Referências complementares

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1995.

BIONDI, Karina. Pesquisar (n)o crime: a transformação das dificuldades pragmáticas em prazer analítico. Cadernos de campo, São Paulo, n. 26, v.1, 2017.

CRUZ, Felipe Sotto Maior. Indígenas Antropólogos e o Espetáculo da Alteridade. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas. Brasília, vol 11, n. 2, p. 93-108, 2017.

EUGENIO, Fernanda; FIADEIRO, João. Jogo das perguntas: o modo operativo «AND» e o viver juntos sem ideias. Fractal, Rio de Janeiro, v. 25, n. 2, p. 221-246, ago. 2013.

KUSCHNIR, Karina. Desenho etnográfico: Onze benefícios de usar um diário gráfico no trabalho de campo. Pensata: Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UNIFESP, v. 7, n.1, 2019, p. 328-369.

MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do pacífico ocidental: um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné melanésia. São Paulo: Abril Cultural, 1976. (Introdução)

PEIRANO, Mariza. Etnografia não é método. Horizontes Antropológicos, ano 20, n. 42, p. 377-391, jul./dez. 2014.

SÁEZ Oscar, Calavia. Esse obscuro objeto da pesquisa. Um manual de método, técnicas e teses em antropologia. Ilha de Santa Catarina, 2013.

TASSINARI, Antonella. Múltiplas infâncias: o que a criança indígena pode ensinar para quem já foi a escola ou a sociedade contra a escola. 33º. Encontro anual da ANPOCS. Caxambu, 2009.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DISCIPLINA OPTATIVA DO MESTRADO PROFISSIONAL – PROMESTRE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DISCIPLINA OPTATIVA - GRADUAÇÃO

Carga horária: 60 horas
Professora: Graziele Ramos Schweig

Ementa: Dispositivos e processos de criação na pesquisa e no trabalho educativo a partir de aportes da Antropologia. O Modo Operativo AND e a potência da experimentação nas práticas educativas e de pesquisa em Educação e Ciências Humanas.

Objetivos: Reconhecer e explorar a dimensão experimental e inventiva do fazer antropológico e do fazer educativo; Experimentar propriedades-possibilidades do método etnográfico enquanto sensibilidades transversais nas práticas de pesquisa e de educação; Investigar as potencialidades do Modo Operativo AND e do fazer coletivo nos processos de criação na pesquisa e no trabalho educativo; Experimentar “modos de fazer” desenvolvidos no âmbito do projeto de extensão “Ateliê de Ciências Sociais e Ensino” e na pesquisa “A dimensão experimental da etnografia e seus efeitos educacionais”.


Conteúdo programático com referências gerais (básicas e complementares)


I - ANTROPOLOGIA, EDUCAÇÃO E PROCESSOS DE CRIAÇÃO

ASSUNÇÃO, Helena Santos; MENDONÇA, Ricardo Fabrino. A estética política da gambiarra cotidiana. Compolítica, Volume 6, número 1, 92-114, 2016.

BEZERRA, D. B. et all. Etnografias multissensoriais e mediações antropoéticas: a experimentação como forma de errância. Iluminuras, Porto Alegre, v. 24, n. 64, 2023.

INGOLD, Tim. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v.18, n.37, p.25-44, jun. 2012.

SCHWEIG, Graziele Ramos. A etnografia como modo de ensinar e aprender na escola. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 28, p. 136-149, 2019.

URIARTE, U. M. . Como narrar o campo? Reflexões provocadas pela Oficina Insistências Urbanas. ReDObRa , v. 12, p. 130-135, 2013.


II - AS NOÇÕES DE EXPERIÊNCIA, EXPERIMENTAL E EXPERIMENTAÇÃO

CINEAD LECAV. Abecedário Virgínia Kastrup: Cartografias da Invenção (2019). Youtube, 6 de novembro de 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mTWns8ACYDU&ab_channel=CINEADLECAV. Acesso em: 20 mar. 2023.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, Campinas, n.5, pp. 7-42, 1995.

LAFUENTE, Antonio. Elogio à potência cognitiva dos Cuidados. Outras Palavras, 2020.

LARROSA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, 2002.

OITICICA, Hélio. Experimentar o experimental. Lisboa: Oca, 2019.

SANSI, Roger. Experimentaciones participantes en arte y antropologia. Revista de Dialectología y Tradiciones Populares, vol. LXXI, n. 1, pp. 67-73, enero/junio, 2016.

SCHWEIG, Graziele Ramos; RIGHI, Isabela Froes; SENA, Caio Morais. Experimentações com desenho na formação de professores: reflexões a partir do ensino de sociologia. ECCOS Revista Científica, São Paulo, v. 53, p. 1-17, 2020.


III - O MODO OPERATIVO AND

ANDLAB.REPARAR. Uma introdução ao Modo Operativo AND. Youtube, 24 de agosto de 2019. Disponível em: https://youtu.be/p8-goDDo7MQ. Acesso em 10. mar. 2023.

EUGENIO, F.; FIADEIRO, J. O encontro é uma ferida. Excerto da conferência-performance Secalharidade de Fernanda Eugenio e João Fiadeiro. Lisboa: Culturgest, jun. 2012.

EUGENIO, Fernanda. Por uma política do co-passionamento: comunidade e corporeidade no Modo Operativo AND. Fractal, v. 29, n. 2, p. 203-210, mai./ago, 2017.

EUGENIO, Fernanda; FIADEIRO, João. Jogo das perguntas: o modo operativo “AND” e o viver juntos sem ideias. Fractal, Rio de Janeiro, v. 25, n. 2, p. 221-246, 2013.

EUGENIO, Fernanda; SALGADO, Ricardo Seiça. Introdução: a operacionalidade do jogo. Cadernos de Arte e Antropologia, vol. 7, n. 2, p. 5-10, 2018a.

EUGENIO, Fernanda; SALGADO, Ricardo Seiça. O AND é um jogo? Ensaio-conversa à volta da operacionalidade do jogo no Modo Operativo AND. Cadernos de Arte e Antropologia, vol. 7, n. 2, p. 11-26, 2018b.

FIADEIRO, João; EUGENIO, Fernanda. Secalharidade como ética e como modo de vida: o projeto AND_Lab e a investigação das práticas de encontro e de manuseamento coletivo do viver juntos. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 19, p. 61-69, 2012.

GASPAR NETO, Francisco de Assis. Modo Operativo AND: técnica de investigação aberta. POLÊM!CA, v. 17, n. 1, p. 001-017, abr. 2017.

Antropologia e sensibilidades etnográficas
Antropologia e Educação: experimentação e processo criativo
Outras produções da disciplina 2023-2
Cadernos de processos 2023-2